DEIXEM AS CRIANÇAS MEXEREM-SE!

A mente desenvolve-se como o corpo, mediante crescimento orgânico. O seu desenvolvimento não pode ser inibido por nenhuma enfermidade, trauma ou defeito de educação.

Umberto Eco

Muitas vezes nas escolas, para garantir uma atmosfera ordenada e harmoniosa, procura-se simplesmente reprimir o movimento. Esta atitude pode ser alicerçada na ideia de que o movimento é impeditivo da concentração e da atenção do aluno, isto é, que as manifestações motoras perturbam a aprendizagem. Contudo, considerando o papel que os gestos e as posturas desempenham junto à perceção e à representação, estudos atuais têm concluído que, ao contrário da ideia corrente, é a impossibilidade de mover-se ou de gesticular que pode dificultar o pensamento e a manutenção da atenção. Neste sentido, a intervenção psicomotora é unificadora, uma vez que une os laços entre o corpo e a mente, o real e o imaginário, o espaço e o tempo, promovendo o potencial adaptativo do indivíduo no seu envolvimento, isto é, as possibilidades de interação entre o indivíduo e o envolvimento.

Assim, a intervenção psicomotora tem vindo a ganhar cada vez mais espaço no campo da educação, dada a sua utilidade e prestação, uma vez que procura estudar o homem na sua totalidade, integrando o pensamento, a ação, as emoções e a interação consigo mesmo o com o outro. No processo de aprendizagem, a prática psicomotora colabora na prevenção e na intervenção no que diz respeito às dificuldades da escrita, leitura e aquisição do raciocínio lógico-matemático. Promove igualmente a noção de lateralidade, noções de alto, baixo e esquema corporal, que serão base para as aprendizagens formais e, de certa forma, contribuindo para a inserção dos aspetos corporais no processo ensino-aprendizagem.

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Dra. Ana Isabel Lopes

Linguística, Ciências da Linguagem e Educação Especial | HEURÍSTICA – Centro de Psicologia e Educação

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